Visitei a 29ª Bienal de Arte com meus aluninhos da 7ª série, não da pra negar que foi extressante e por conta de ter que cuidar das crianças acabei não visualizando nenhuma obra direito. Mas talvez um dos grandes problemas foram sem sombra de dúvidas a falta de informação e conhecimento dos educadores que lá estavam.

Quanto a organização estava excelente, porém, os instrutores não estavam literalmente preparados para fornecer as instruções sobre as obras e além da falta de instruções totalmente perdidos e inseguros perante aquelas crianças. Questionei-me o tempo todo de que adiante carregar o diploma da melhor faculdade, ter todos os conhecimentos, se prática, o contato, a vivência, experiência lhe faltam, eu não digo da simples experiência de monitor de museu, digo do contato direto com a criança, do dia a dia, da prática de muitas vezes entrar em uma sala de aula com a cabeça erguida sem deixar transparecer o medo e a insegurança por trás.

Não tenho a pretensão de passar os resto da minha vida dando aulas no Estado, mas tenho muita convicção de que fiz a escolha certo, da importância de tal experiência não só pra minha vida profissional mas quanto pessoal também.

Com todo respeito, acredito que um dos momentos mais marcantes da visita, foi ver "meus" aluninhos da 7ª série do Estado, desbancando estudantes da Belas Artes, Usp....etc, através de questões bem elaboradas e criativas, que ficaram totalmente sem respostas.

Tenho a pretensão de voltar para uma visita mais sossegada, quem sabe da próxima vez minha visão mude, ninguém sabe, estamos em constantes mutações, mas agora, eu apenas lamento e fico feliz de ter feito a escolha certa, não me importa o tamanho do meu diploma no meu currículo, ele é só mais um papel que a sociedade impõe, e que a minoria da população consegue ter acesso....."Foda-se as regras da sociedade o que mais me interessa e o que eu carrego dentro de mim"

Tem dias que me enraivesso comigo mesma, simplesmente por querer fazer o bem, e esquecer da minha própria essência, não existe nada que me abale mais do que esquecer de mim mesma.....não, não é questão de egoísmo, em certos momentos chega a ser questão de "idiotice", estou sempre disposta a ajudar e a fazer o bem desde que não me prejudique.....eu procuro sim, me colocar em primeiro lugar........As vezes sinto a velhice chegando, pois em certos momentos não estou mais conseguindo encontrar meu botãozinho do "foda-se", que há tempos atrás utilizava como válvula de escape, tenho me irritado com mais freqüência as situações totalmente inconvenientes, não consigo mais encara-las como antes, levando em consideração as experiências e histórias pra contar.......os erros têm me cansado, quero encontrar a vitória e o que seja certo.....!!!!!

Renata Sincratica

Óleo s/ tela 50x70

A destruição que cala os corações, tudo se esvaindo entre escombros e decepções. Tudo acaba, se destrói, dissipando na mais pura angústia. A luta adormece se cansando do seu papel. Mas o brilho e a cor ainda existem em algum lugar à espera da salvação. Amigos, fé e esperança aparecem no caminho e a luz vence a escuridão, não há dor nem alegria que durem pra sempre, a atenção as forças que estão ao redor, o vento que é muito mais forte do que se imagina e a fé que existe nos corações de todos foram os essenciais.